segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"Mudanças Climáticas na Imprensa Brasileira"

6 de Janeiro de 2008

Com o apoio do Programa de Comunicação em Mudanças Climáticas da Embaixada Britânica, a Agência de Notícias dos Direitos da Infância [ANDI] lança a pesquisa "Mudanças Climáticas na Imprensa Brasileira". O trabalho analisou 997 textos, publicados em 50 jornais, de 2005 a 2007, e traz, a partir dos dados coletados, um mapa detalhado do tratamento editorial dado pelos jornais às alterações climáticas. O documento aponta que a atenção da mídia sobre o tema se intensificou, mas mostra também que a maior parte do material ainda carece de contextualização e apresenta, portanto, muitas oportunidades de aprimoramento. "Você coloca as conseqüências, mas não sublinha os antecedentes e estratégias de enfrentamento da questão. Não adianta dizer que pode haver furacões, aumento do nível do mar, sem falar o que causa os fenômenos e o que pode ser feito, seja para mitigar ou se adaptar ao problema", esclarece Guilherme Canela, coordenador de Relações Acadêmicas da ANDI e responsável pelo estudo.

De acordo com o estudo, menos de 15% do material relaciona o tema à agenda do desenvolvimento, apesar da importância dessa conexão para o debate sobre a busca de soluções. Segundo a análise, a perspectiva ambiental é a principal forma pela qual a mídia reporta a questão (35,8% dos textos), seguida pelo enfoque econômico (19,7%). "A partir de agora é importante diversificar a cobertura para além da perspectiva ambiental e científica, assim como dar a ela contornos nacionais, apresentando à sociedade brasileira não apenas de que forma as mudanças climáticas podem afetar o desenvolvimento sócio-econômico, mas também diferentes estratégias para combater o problema", afirma Cristiane Fontes, da Embaixada Britânica.

A pesquisa "Mudanças Climáticas na Imprensa Brasileira" está disponível em www.andi.org.br/_pdfs/MudancasClimaticas.pdf.

Fonte: Revista do Terceiro Setor

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